Andy Hunt, em seu livro The Pragmatic Programmer, diz que programar é mais parecido com jardinagem do que com construção civil.

”Bem, o software não funciona assim. Em vez de construção, o software é mais parecido com jardinagem – é mais orgânico do que concreto.

Você planta muitas coisas em um jardim de acordo com um plano e condições iniciais. Alguns prosperam, outros estão destinados a acabar como composto. Você pode mover as plantações umas em relação às outras para aproveitar a interação de luz e sombra, vento e chuva. As plantas crescidas são divididas ou podadas, e as cores conflitantes podem ser movidas para locais mais esteticamente agradáveis. Você arranca ervas daninhas e fertiliza plantações que precisam de ajuda extra. Você monitora constantemente a saúde do jardim e faz ajustes (no solo, nas plantas, no layout) conforme necessário.

Os empresários sentem-se confortáveis com a metáfora da construção civil: é mais científica do que jardinagem, é repetível, existe uma hierarquia rígida de relatórios para a gestão, e assim por diante. Mas não estamos construindo arranha-céus – não estamos tão limitados pelas fronteiras da física e do mundo real.

A metáfora da jardinagem está muito mais próxima da realidade do desenvolvimento de software. Talvez uma determinada rotina tenha crescido demais ou esteja tentando realizar muitas coisas – ela precisa ser dividida em duas. Coisas que não funcionam como planejado precisam ser arrancadas ou podadas.”